7 – Depois das aulas!
Rebuçados do Diabo!
Como todos os
estudantes sabem, os fins-de-semana passam sempre a correr e mesmo a Mugiwara Academy sendo uma escola especial não deixava de ser uma escola.
Tanto no domingo à
noite como segunda de manhã os alunos que vinham de casa iam quase a
arrastar-se resmungando injúrias para o ar.
O dia de aulas
termina, os alunos reúnem-se na cantina conversando alegremente.
Ana e Cátia
encontravam-se lá também.
- Nunca mais me
lembrei disso. – Cátia vasculha os bolsos e retira o seu rebuçado.
- Comemos?
A aluna de história
encolhe os ombros e desembrulha o doce. Ambas levam o seu bombom à boca. O
silêncio instala-se por segundos.
- Tem um sabor
estranho não? – Cátia revira os olhos numa careta.
- Sabe a pasta de
dentes!
Apesar das queixas
acabam por engolir.
As horas passam e já
no dormitório Ana volta ao quarto depois de ter ido à máquina de vendas buscar
um saco de gomas.
- Ana-chi onde foste
arranjar essa fantasia? – Pergunta Cátia olhando a pequena confusa.
- Qual fantasia? E
porque é que andaste a lavar o chão? Há empregadas para isso.
- Essas orelhas. Que
fetiche cliché. Lavar o chão? Estás bêbeda?
- Hoje por acaso
não. Orelhas? Sim tens aí uma poça de água aos pés. E já agora lavar o chão não
foi grande ideia. – Ana toca nas orelhas e aparece-lhe uma cauda. – O que é
isto?
Cátia olha para o
chão e entra em pânico ao ver as pernas a transformarem-se em água:
- Estou a
derreter!!!
- Senpai! – Ana
corre até à amiga mas ao tocar a água foge para longe. – Afasta-te de mim!
- Vamos raciocinar
com calma. Pronto. Gatos não gostam de água. Fica aí. Comeste alguma fruta
estranha?
- Não, só aquele rebuçado.
- Não me digas que…
- Oh não…
A aluna de história
respira fundo tentando pensar com calma:
- Prioridade número
um, como é que vamos esconder isto?
- A ti sugiro uma
esponja e rápido.
- Devíamos falar com
o teu pai. Ele deve saber como nos ajudar visto que já passou por isto.
- Boa ideia. Mas não
te aproximes.
- Mete em alta-voz
que eu ouço daqui.
- Pronto, pronto.
Mas fica aí.
- Despacha-te! Daqui
a pouco estou feita em nada.
Ana corre até à mala
pegando no telemóvel.
- Se o meu pai sabe
estou feita. - Suspira Cátia.
- Ui! Cheira-me que
ele vai é dar-te porrada.
- Nem é preciso
tanto. Só de olhar para mim estou morta.
- Estamos com um
problema então. O meu pai vai achar bué fofo por isso não há problema, mas tu…
- Eu vou calar-me.
Não vejo outra solução para evitar a minha morte prematura.
- Yare yare senpai.
Vai tudo resolver-se.
- Espero. Ainda
ninguém atendeu?
- Não.
Momentos depois o
telefone toca.
“Ana, minha querida
filha. O que se passa para me ligares? Ainda ontem daqui saíste.”
- Papá, eu e a
Cátia-senpai temos um problema. O que aconteceu quando comeste a tua Akuma no
Mi?
- Boa noite ojissan.
As minhas mãos estão a desaparecer! – Cumprimenta Cátia aflita.
“Isso é um
problema.”
- Achas mesmo papá?
Eu tenho uma cauda e orelhas de gato. Orelhas! E a senpai está a transformar-se
em água.
“Deves estar tão
fofinha.”, a admiração era quase palpável, “Deviam esconder isso. Comeram algo
estranho não foi?”
- Foi por isso que
liguei. Sim foi. – Ana estava realmente cabisbaixa.
- Por favor ojissan
não conte nada disto a ele. E diga-me o que fazer, ela pode esconder com roupa
mas eu estou a derreter, literalmente.
“Miúda… Vocês só têm
de controlar isso. Treinem.”
- Treinar? Mas como
papá? – A aluna de culinária estava a ficar impaciente.
“Concentração.”
- Não me censure.
Sabe perfeitamente que se aquele bêbedo souber vai passar-se! – Cátia senta-se
tentando concentrar-se.
“ Eu não vou contar
nada, se ele quiser ele que venha falar contigo.”
- Obrigado, mas
tenho aquela sensação de que ele já deve saber e que está a caminho. – Suspira.
– Oh, o meu corpo voltou!
“É o mais provável.”
- A cauda e as
orelhas desapareceram! – Ana sorri. – Obrigado papá.
“De nada filha, mas
tenham cuidado.”
- Sim papá,
obrigado. Vemo-nos no fim-de-semana.
“Beijos para as
duas.”
- Eu sabia!!! Ele
vem lá! Vou morrer. – A aluna de história senta-se a um canto deprimida.
- Sai daqui senpai,
estás a pingar.
- Isso é o menos! Se
ele me apanha eu vou é evaporar!
Ana foge para cima
da cama com as orelhas e cauda à mostra novamente:
- Só tens de fingir
que não sabes de nada. Mas agora deixa-te ficar aí quietinha.
- Ana-chi! Sabes de
quem estou a falar? É óbvio que não lhe vou conseguir mentir! – A água do chão
voa-lhe para a mão.
- Ffffff! O que é
que foi isso? – O pêlo da causa eriça-se. – Pois isso é capaz de ser um
problema.
- Sei lá. Parece que
posso controlar a água… O que é que eu faço?
- Não sei… O melhor
é ires falar com o Luffy para ele te ajudar. E porque é que eu sou um gato?
- Ao menos vais
melhorar a educação física. Os felinos são bons corredores.
- E são mais leves,
boa finalmente emagreci. Mas e na natação? Como vamos fazer?
- Isso vai ser
problemático. Hum, se desse para criar clones de água…
- Mas a água normal
não afeta a tua? É que é como os braços da Robin-sensei.
- Suponho que desde
que não toque nela diretamente consiga moldá-la. Agora que penso nisso, usar a
minha água será perigoso?
- Se te consegues
transformar em água é porque deves conseguir produzir mais do que os humanos
normais.
- Bem pensado.
Significa que sou toda feita de água. Assustador. Bom, amanhã podemos treinar
as nossas novas habilidades. Ouvi que as frutas tipo logia são as mais
poderosas…
- Uhhh! Mas o que é
que eu posso fazer além de ser um gato? É deprimente.
- Os gatos vêem de
noite Ana-chi e além disso podes passar despercebida. É ótimo para espionagem.
- Isso parece-me
interessante. – Um sorriso sádico forma-se nos lábios da aluna de culinária. –
O que será que ele vai achar disto?
- Aposto que vai
arder. – Cátia sorri. – Bom vamos mas é dormir que já são horas.
- Hum agrada-me.
Pois tens razão. Amanha vemos o que fazer.
Apagando as luzes
elas deitam-se, Cátia preocupada com uma possível visita do pai e Ana
tranquilamente ronronando. Para um início de semana não estava a correr muito
bem.
Raven-chan, trouxe tags a você, espero que goste :)
ResponderEliminarhttp://coisas-de-otaku-gu.blogspot.com.br/2013/12/double-tag-instrumentos-musicais-meus.html