12.12.13

Mugiwara Academy: Capítulo 7


7 – Depois das aulas! Rebuçados do Diabo!

Como todos os estudantes sabem, os fins-de-semana passam sempre a correr e mesmo a Mugiwara Academy sendo uma escola especial não deixava de ser uma escola.

Tanto no domingo à noite como segunda de manhã os alunos que vinham de casa iam quase a arrastar-se resmungando injúrias para o ar.

O dia de aulas termina, os alunos reúnem-se na cantina conversando alegremente.

 Ana e Cátia encontravam-se lá também.
- Já comeste o teu senpai? – Pergunta Ana abanando o rebuçado que o idoso lhe dera no cinema.

- Nunca mais me lembrei disso. – Cátia vasculha os bolsos e retira o seu rebuçado.

- Comemos?
  
A aluna de história encolhe os ombros e desembrulha o doce. Ambas levam o seu bombom à boca. O silêncio instala-se por segundos.
  
- Tem um sabor estranho não? – Cátia revira os olhos numa careta.
  
- Sabe a pasta de dentes!
  
Apesar das queixas acabam por engolir.
  
As horas passam e já no dormitório Ana volta ao quarto depois de ter ido à máquina de vendas buscar um saco de gomas.
  
- Ana-chi onde foste arranjar essa fantasia? – Pergunta Cátia olhando a pequena confusa.
  
- Qual fantasia? E porque é que andaste a lavar o chão? Há empregadas para isso.
  
- Essas orelhas. Que fetiche cliché. Lavar o chão? Estás bêbeda?
  
- Hoje por acaso não. Orelhas? Sim tens aí uma poça de água aos pés. E já agora lavar o chão não foi grande ideia. – Ana toca nas orelhas e aparece-lhe uma cauda. – O que é isto?
  
Cátia olha para o chão e entra em pânico ao ver as pernas a transformarem-se em água:
  
- Estou a derreter!!!
  
- Senpai! – Ana corre até à amiga mas ao tocar a água foge para longe. – Afasta-te de mim!
  
- Vamos raciocinar com calma. Pronto. Gatos não gostam de água. Fica aí. Comeste alguma fruta estranha?
  
- Não, só aquele rebuçado.
  
- Não me digas que…
  
- Oh não…
  
A aluna de história respira fundo tentando pensar com calma:
  
- Prioridade número um, como é que vamos esconder isto?
  
- A ti sugiro uma esponja e rápido.
  
- Devíamos falar com o teu pai. Ele deve saber como nos ajudar visto que já passou por isto.
  
- Boa ideia. Mas não te aproximes.
  
- Mete em alta-voz que eu ouço daqui.
  
- Pronto, pronto. Mas fica aí.
  
- Despacha-te! Daqui a pouco estou feita em nada.
  
Ana corre até à mala pegando no telemóvel.
  
- Se o meu pai sabe estou feita. - Suspira Cátia.
  
- Ui! Cheira-me que ele vai é dar-te porrada.
  
- Nem é preciso tanto. Só de olhar para mim estou morta.
  
- Estamos com um problema então. O meu pai vai achar bué fofo por isso não há problema, mas tu…
  
- Eu vou calar-me. Não vejo outra solução para evitar a minha morte prematura.
  
- Yare yare senpai. Vai tudo resolver-se.
  
- Espero. Ainda ninguém atendeu?
  
- Não.
  
Momentos depois o telefone toca.
  
“Ana, minha querida filha. O que se passa para me ligares? Ainda ontem daqui saíste.”
  
- Papá, eu e a Cátia-senpai temos um problema. O que aconteceu quando comeste a tua Akuma no Mi?
  
- Boa noite ojissan. As minhas mãos estão a desaparecer! – Cumprimenta Cátia aflita.
  
“Isso é um problema.”
  
- Achas mesmo papá? Eu tenho uma cauda e orelhas de gato. Orelhas! E a senpai está a transformar-se em água.
  
“Deves estar tão fofinha.”, a admiração era quase palpável, “Deviam esconder isso. Comeram algo estranho não foi?”
  
- Foi por isso que liguei. Sim foi. – Ana estava realmente cabisbaixa.
  
- Por favor ojissan não conte nada disto a ele. E diga-me o que fazer, ela pode esconder com roupa mas eu estou a derreter, literalmente.
  
“Miúda… Vocês só têm de controlar isso. Treinem.”
  
- Treinar? Mas como papá? – A aluna de culinária estava a ficar impaciente.
  
“Concentração.”
  
- Não me censure. Sabe perfeitamente que se aquele bêbedo souber vai passar-se! – Cátia senta-se tentando concentrar-se.
  
“ Eu não vou contar nada, se ele quiser ele que venha falar contigo.”
  
- Obrigado, mas tenho aquela sensação de que ele já deve saber e que está a caminho. – Suspira. – Oh, o meu corpo voltou!
  
“É o mais provável.”
  
- A cauda e as orelhas desapareceram! – Ana sorri. – Obrigado papá.
  
“De nada filha, mas tenham cuidado.”
  
- Sim papá, obrigado. Vemo-nos no fim-de-semana.
  
“Beijos para as duas.”
  
- Eu sabia!!! Ele vem lá! Vou morrer. – A aluna de história senta-se a um canto deprimida.
  
- Sai daqui senpai, estás a pingar.
  
- Isso é o menos! Se ele me apanha eu vou é evaporar!
  
Ana foge para cima da cama com as orelhas e cauda à mostra novamente:
  
- Só tens de fingir que não sabes de nada. Mas agora deixa-te ficar aí quietinha.
  
- Ana-chi! Sabes de quem estou a falar? É óbvio que não lhe vou conseguir mentir! – A água do chão voa-lhe para a mão.
  
- Ffffff! O que é que foi isso? – O pêlo da causa eriça-se. – Pois isso é capaz de ser um problema.
  
- Sei lá. Parece que posso controlar a água… O que é que eu faço?
  
- Não sei… O melhor é ires falar com o Luffy para ele te ajudar. E porque é que eu sou um gato?
  
- Ao menos vais melhorar a educação física. Os felinos são bons corredores.
  
- E são mais leves, boa finalmente emagreci. Mas e na natação? Como vamos fazer?
  
- Isso vai ser problemático. Hum, se desse para criar clones de água…
  
- Mas a água normal não afeta a tua? É que é como os braços da Robin-sensei.
  
- Suponho que desde que não toque nela diretamente consiga moldá-la. Agora que penso nisso, usar a minha água será perigoso?
  
- Se te consegues transformar em água é porque deves conseguir produzir mais do que os humanos normais.
  
- Bem pensado. Significa que sou toda feita de água. Assustador. Bom, amanhã podemos treinar as nossas novas habilidades. Ouvi que as frutas tipo logia são as mais poderosas…
  
- Uhhh! Mas o que é que eu posso fazer além de ser um gato? É deprimente.
  
- Os gatos vêem de noite Ana-chi e além disso podes passar despercebida. É ótimo para espionagem.
  
- Isso parece-me interessante. – Um sorriso sádico forma-se nos lábios da aluna de culinária. – O que será que ele vai achar disto?
  
- Aposto que vai arder. – Cátia sorri. – Bom vamos mas é dormir que já são horas.
  
- Hum agrada-me. Pois tens razão. Amanha vemos o que fazer.
  
Apagando as luzes elas deitam-se, Cátia preocupada com uma possível visita do pai e Ana tranquilamente ronronando. Para um início de semana não estava a correr muito bem.

1 comentário:

  1. Raven-chan, trouxe tags a você, espero que goste :)
    http://coisas-de-otaku-gu.blogspot.com.br/2013/12/double-tag-instrumentos-musicais-meus.html

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