25 – S. Valentim
infernal! Aniversário secreto!
Já lá ia uma semana.
Para alívio de Ana o seu pai não descobrira as feridas. Antes de irem para casa
Nami aparecera e ensinara-lhes uns truques de maquilhagem para disfarçar os
hematomas. Felizmente funcionara e correra tudo bem.
Agora estávamos de
volta à sexta-feira. Mas não era uma sexta-feira qualquer, era 14 de Fevereiro.
As raparigas corriam
histericamente de um lado para o outro atrás dos rapazes que gostavam e os
professores estavam trancados na sua sala com montanhas de chocolates à porta.
Até os rapazes deixavam chocolates para Nami e Robin.
Com toda a confusão
as aulas haviam sido adiadas, por isso a maioria dos alunos estava em frente à
janela da sala dos professores no pátio a exigir a presença dos seus ídolos.
Óbvio que Luffy
andava alegremente pelos corredores sem se importar com nada. Afinal não ia
perder a oportunidade de ficar com todos aqueles chocolates.
Quanto a Sanji fora
amarrado a uma cadeira na sala por Nami, Usopp e Chopper. Não podiam correr o
risco de ele andar por aí livremente a flertar com todas as alunas que se
fossem declarar a ele.
Nos corredores Ana
vinha a correr com os braços cheios de envelopes. Ao entrar no quarto não vê lá
ninguém.
- Senpai?
Não obtém resposta.
O telemóvel de Cátia estava em cima da cama por isso telefonar-lhe não valia de
nada. Era sempre assim, quando chegava aquele dia a aluna de história perdia o
juízo total.
- Onde é que ela se
meteu? Logo agora que o Luffy se lembrou e até preparou uma surpresa…
Enquanto isso Cátia
encontrava-se deitada numa das camas da enfermaria.
A porta abre-se de
repente. Era Chopper e Brook que vinham a correr.
- Cátia? – Chopper
olha para ela confuso.
- Desculpe sensei, é
que este é o único lugar da escola onde posso ter paz.
- A Ana-san anda à
tua procura. – Diz Brook.
- Acredito que ande.
- Se quiseres
juntar-te a nós estamos todos na sala dos professores. – Avisa Chopper levando
consigo o que tinha ido buscar e saindo com Brook atrás de si.
Cai a noite. Era
quase hora de voltar a casa para o fim-de-semana. Após uma grande discussão
ficou decidido que afim de acalmarem os ânimos os professores se juntariam na
cantina para receber os chocolates e prendas dos alunos.
Zoro e Sanji
luatavam para ver quem recebia mais e Luffy já parecia um balão pois à medida
que recebia os doces ia comendo. Chopper até já se prevenira e trouxera um
remédio para a dor de barriga pois o diretor não aguentaria muita mais.
Extremamente furiosa
Ana quase arromba a porta da enfermaria.
- SENPAI!
Cátia observa-a pelo
canto do olho.
- Já chega de
estares aqui enfiada! Entretanto está na hora de irmos embora e tu nem saíste
daí!
- Porque haveria de
sair?
- É o teu
aniversário ora!
A aluna de história
faz uma careta.
Ainda mais chateada
pela amiga a ignorar a aluna de culinária pega em Cátia pelo casaco e arrasta-a
dali.
- Ana-chi deixa-me!
- Cala-te! Quem
manda agora sou eu!
Cátia é literalmente
jogada dentro da sala dos professores.
Na mesa do centro
encontravam-se três embrulhos coloridos e um bolo de chocolate com um ar
delicioso.
- Esperamos por ti a
tarde toda e tu nem te dignaste a aparecer.
- Tu sabes que eu
detesto festas.
- Foi ideia do
Luffy!
A rapariga olha em volta. Na verdade não se
parecia com uma festa. Não havia sequer decorações. Com um pouco de culpa ela
dirige-se à mesa. Faltavam poucos minutos para ir embora e os professores
estavam ocupados com os alunos na cantina.
Cátia começa por
abrir o primeiro presente. Era de Ana, um novo cachecol. O segundo era dos
professores, um bloco de notas com uma dedicatória de cada um. O último
pertencia a Luffy. Ela abre. Um fio de ouro com uma pedra em forma de gota.
Usando uma folha do
seu novo caderno ela deixa um recado:
Obrigado a todos. Peço desculpa por não ter aparecido. Sanji-sensei o
seu bolo estava delicioso por isso levei o resto comigo. Luffy, porque é que me
dás sempre coisas tão caras?! Agradeço a surpresa.
Cátia.
Terminando a tarefa
as raparigas vão-se embora.
Já no carro a
caminho de casa conversavam animadamente quando Ana pousa um caixote de cartão
com envelopes no meio delas.
- O que é? –
Pergunta Cátia. Por momentos esquecera o quanto odiava aquele dia.
- As cartas do dia
de S. Valentim que estavam no teu cacifo.
A rapariga faz um
olhar assassino. Afinal não esquecera assim por muito tempo.
- Queima isso.
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