21.2.14

Mugiwara Academy: Capítulo 27


27 – Emergência! Problemas no ginásio!

Achou estranho não encontrar Ana no quarto mas como já estava na hora de jantar era possível que a rapariga tivesse ido para a cantina ou para o bar.

Correu escadas a baixo e procurou em todos os lugares onde se vendia comida. Por fim foi até à cantina. Se não estivesse lá teria de procurar no resto do edifício. Poderia telefonar-lhe mas não se lembrava onde deixara o telemóvel.

Cátia entra na cantina e olha em volta. Ana não estava em lado nenhum. Encontrava-se a perguntar a alguns colegas de turma da aluna de culinária se a tinham visto quando, sem querer, capta a conversa que estava a ocorrer na mesa dos professores.

- Estão a sentir este cheiro? – Pergunta Chopper farejando o ar.

Brook cora dando uma gargalhada:

- Desculpa Chopper, fui eu. Yohohoho.

- Não é isso. Parece sangue.

- Agora que falas nisso há bocado tive a sensação de sentir uma aura assassina vir daquele lado. – Fala Zoro com um ar sério.

- Relaxem, que mania da perseguição que vocês têm. – Sorri Nami dando palmadinhas nas costas do professor de educação física.

Sem perder tempo a ouvir o resto da conversa, Cátia corre para o sítio que Zoro apontara, o ginásio. Aura assassina e cheiro de sangue, com certeza acontecera alguma coisa.

Não queria acreditar no que os seus olhos viam. Havia objetos metálicos espelhados por todo o lado, uma imensa poça de sangue e no centro da confusão os corpos inconscientes de Ana e Eustass Kid.

A aluna de história aproxima-se e examina os desmaiados. Ana apesar de alguns ferimentos não parecia ter nada grave, talvez uma ou duas costelas fracturadas. Quanto a Kid a situação parecia horrível. O seu peito envergava cortes longos e profundos, possivelmente causados pelas garras da rapariga, e a maioria do sangue espalhado no chão devia pertencer-lhe. Por sorte ainda tinha pulso.

- Ao menos não o mataste Ana-chi.

A verdadeira missão começava agora. Cátia tinha quase a certeza que Chopper e Zoro fariam de tudo para convencer os restantes professores a ir investigar por isso ia ser uma corrida contra o tempo. Teria de limpar o ginásio, ir até à enfermaria e levar aqueles dois para o dormitório sem ser vista.

Com um gesto de mão um boneco feito de água, mais ou menos do seu tamanho, aparece a seu lado.

Enquanto procurava pela carteira de Kid encontra o seu telemóvel nos bolsos dele.

- Só podia. – Suspira a rapariga guardando o seu pertence e continuando a busca.

Descobrindo o que procurava Cátia vira-se para o boneco e diz-lhe uma extensa lista de material para ir buscar à enfermaria.

- Sê discreto.

O boneco retira-se rastejando na forma de uma poça de água.

De volta à tarefa da limpeza ela vai até ao depósito do material e traz uma garrafa de plástico.

Graças aos seus treinos a aluna de história aprendera a controlar todos os líquidos desde que contivessem água. Assim, com um gesto, o sangue espalhado no chão ergue-se como se fosse um tapete voador e entra na garrafa.

Com a limpeza feita arrumar o resto seria rápido.

Terminara de guardar as últimas barras de ferro quando a voz dos professores se faz ouvir no corredor.

Percorrendo o caminho que a separava dos dois inconscientes ela transforma os braços em água e envolve a cintura deles, como uma corda, metendo-os ao ombro e saindo arrastando-se dali.

Após passar os minutos mais longos da sua vida, Cátia chega ao seu quarto. Com a ajuda do boneco, que já retornara da enfermaria, ela deita Ana na cama dela e Kid na sua.

Agradecendo faz o boneco voltar para si.

Calçando umas luvas de látex ela vai até Kid e começa por cortar-lhe a camisola. Vasculhando a caixa tira um saco de sangue e um cateter. Com o sangue que perdera o rapaz precisava de uma transfusão. Agora era preciso coser os cortes. A agulha adentrava na carne deixando para trás a linha que fechava o ferimento. Apesar de já ter ajudado Chopper a fazer aquilo uma vez não deixava de ser de certa forma repugnante.

- Nunca mais vou reclamar quando tiver de coser uma camisola.

Depois de cosido e enfaixado, Eustass é tapado com um cobertor e deixado a descansar. Era a vez de cuidar de Ana.

Os ferimentos eram poucos mas realmente havia pelo menos uma costela partida. Cátia enfaixa-a bem apertada. O melhor seria ir a um hospital mas para isso precisava de tratar de umas coisas primeiro, ou seja, pedir ajuda ao seu pai para que o pai da pequena não descobrisse.

Curativos feitos, a rapariga sai do quarto. Tinha de ir até à casa das máquinas levar as ligaduras ensanguentadas, agulhas e saco de sangue para meter na incineradora.

O trabalho estava terminado, só faltava esperar que eles acordassem para poder dar-lhes um grande sermão. E arranjar um sítio onde dormir.

A sorte de Ana era que no dia a seguir tinha folga.

Desta é que elas não se iam esquecer tão depressa.


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