27 – Emergência! Problemas no ginásio!
Correu escadas a
baixo e procurou em todos os lugares onde se vendia comida. Por fim foi até à
cantina. Se não estivesse lá teria de procurar no resto do edifício. Poderia
telefonar-lhe mas não se lembrava onde deixara o telemóvel.
Cátia entra na
cantina e olha em volta.
Ana não estava em lado nenhum. Encontrava-se a perguntar a
alguns colegas de turma da aluna de culinária se a tinham visto quando, sem
querer, capta a conversa que estava a ocorrer na mesa dos professores.
- Estão a sentir
este cheiro? – Pergunta Chopper farejando o ar.
Brook cora dando uma
gargalhada:
- Desculpa Chopper,
fui eu. Yohohoho.
- Não é isso. Parece
sangue.
- Agora que falas
nisso há bocado tive a sensação de sentir uma aura assassina vir daquele lado.
– Fala Zoro com um ar sério.
- Relaxem, que mania
da perseguição que vocês têm. – Sorri Nami dando palmadinhas nas costas do
professor de educação física.
Sem perder tempo a
ouvir o resto da conversa, Cátia corre para o sítio que Zoro apontara, o
ginásio. Aura assassina e cheiro de sangue, com certeza acontecera alguma
coisa.
Não queria acreditar no que os seus olhos
viam. Havia objetos metálicos espelhados por todo o lado, uma imensa poça de
sangue e no centro da confusão os corpos inconscientes de Ana e Eustass Kid.
A aluna de história
aproxima-se e examina os desmaiados. Ana apesar de alguns ferimentos não
parecia ter nada grave, talvez uma ou duas costelas fracturadas. Quanto a Kid a
situação parecia horrível. O seu peito envergava cortes longos e profundos,
possivelmente causados pelas garras da rapariga, e a maioria do sangue
espalhado no chão devia pertencer-lhe. Por sorte ainda tinha pulso.
- Ao menos não o
mataste Ana-chi.
A verdadeira missão
começava agora. Cátia tinha quase a certeza que Chopper e Zoro fariam de tudo
para convencer os restantes professores a ir investigar por isso ia ser uma
corrida contra o tempo. Teria de limpar o ginásio, ir até à enfermaria e levar
aqueles dois para o dormitório sem ser vista.
Com um gesto de mão
um boneco feito de água, mais ou menos do seu tamanho, aparece a seu lado.
Enquanto procurava
pela carteira de Kid encontra o seu telemóvel nos bolsos dele.
- Só podia. –
Suspira a rapariga guardando o seu pertence e continuando a busca.
Descobrindo o que
procurava Cátia vira-se para o boneco e diz-lhe uma extensa lista de material
para ir buscar à enfermaria.
- Sê discreto.
O boneco retira-se
rastejando na forma de uma poça de água.
De volta à tarefa da
limpeza ela vai até ao depósito do material e traz uma garrafa de plástico.
Graças aos seus
treinos a aluna de história aprendera a controlar todos os líquidos desde que
contivessem água. Assim, com um gesto, o sangue espalhado no chão ergue-se como
se fosse um tapete voador e entra na garrafa.
Com a limpeza feita
arrumar o resto seria rápido.
Terminara de guardar
as últimas barras de ferro quando a voz dos professores se faz ouvir no
corredor.
Percorrendo o
caminho que a separava dos dois inconscientes ela transforma os braços em água
e envolve a cintura deles, como uma corda, metendo-os ao ombro e saindo
arrastando-se dali.
Após passar os
minutos mais longos da sua vida, Cátia chega ao seu quarto. Com a ajuda do
boneco, que já retornara da enfermaria, ela deita Ana na cama dela e Kid na
sua.
Agradecendo faz o
boneco voltar para si.
Calçando umas luvas
de látex ela vai até Kid e começa por cortar-lhe a camisola. Vasculhando a
caixa tira um saco de sangue e um cateter. Com o sangue que perdera o rapaz
precisava de uma transfusão. Agora era preciso coser os cortes. A agulha
adentrava na carne deixando para trás a linha que fechava o ferimento. Apesar
de já ter ajudado Chopper a fazer aquilo uma vez não deixava de ser de certa
forma repugnante.
- Nunca mais vou
reclamar quando tiver de coser uma camisola.
Depois de cosido e
enfaixado, Eustass é tapado com um cobertor e deixado a descansar. Era a vez de
cuidar de Ana.
Os ferimentos eram
poucos mas realmente havia pelo menos uma costela partida. Cátia enfaixa-a bem
apertada. O melhor seria ir a um hospital mas para isso precisava de tratar de
umas coisas primeiro, ou seja, pedir ajuda ao seu pai para que o pai da pequena
não descobrisse.
Curativos feitos, a
rapariga sai do quarto. Tinha de ir até à casa das máquinas levar as ligaduras
ensanguentadas, agulhas e saco de sangue para meter na incineradora.
O trabalho estava
terminado, só faltava esperar que eles acordassem para poder dar-lhes um grande
sermão. E arranjar um sítio onde dormir.
A sorte de Ana era
que no dia a seguir tinha folga.
Desta é que elas não
se iam esquecer tão depressa.
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