29 – Fugitivo e
ladrão! Ida ao hospital!
Ao ver Cátia
levantar-se para ir embora Roronoa Zoro imita-a e vai até à porta da cantina.
Quando a aluna vem a passar ele mete-se ao seu lado parando-a com um sussurro:
- Cheiras a sangue.
- Desculpe? – A rapariga
é apanhada de surpresa.
- Quanto tempo é que
achas que consegues esconder?
- Não sei do que
está a falar.
- Eu vou descobrir.
- Está a ameaçar-me
sensei?
Os dois encaram-se
com um sorriso. Não era um sorriso de alegria mas sim um sorriso de desafio. Os
alunos à volta deles evitavam passar muito perto com medo de serem envolvidos
por aquela aura que se formara.
O telemóvel de Cátia
vibra quebrando a batalha que se travava entre os dois.
- Tenho de ir. Se me
dá licença sensei.
Zoro observa-a ir
embora e depois segue o seu caminho com um suspiro.
A aluna de história
sai dali dirigindo-se ao dormitório. Quando entra no quarto encosta-se à porta
exausta.
- O que se passa
senpai? – Ana espreita a amiga por baixo dos cobertores.
- Nada. Arranja-te,
o meu pai está aí entretanto.
- Sim!
Olhando em volta a
rapariga repara que falta lá alguma coisa.
- O Kid?
- Foi-se embora.
- Foi-se embora
como?
- Levantou-se, caiu,
levantou-se outra vez, chateou-me e saiu. – Enumera a aluna de culinária
despreocupada enquanto tentava vestir uma camisola.
* Horas antes*
Cátia saíra à mais
ou menos uma hora e o silêncio no quarto tornava-se irritante.
- Ferrinhos, estás
acordado? – Pergunta Ana tentando meter conversa.
- Quê?
- O que é que
aconteceu contigo?
- Estás a tentar
chatear-me ou queres morrer?
A rapariga
recolhe-se no seu canto. Era melhor perguntar à senpai. Estava quase a
adormecer quando ouve um estrondo. Olhando para o lado vê Kid no chão.
- O que estás a
fazer? – Ana tenta controlar o riso.
- Vou-me embora.
- Nesse estado? Não
vais conseguir chegar nem ao jardim.
- Ninguém pediu a
tua opinião bola de pêlo.
- Tu é que sabes. A
senpai vai ficar furiosa.
- Espero que fique.
– O sorriso de Kid alarga-se.
- Se achas que ela
vai atrás de ti por isso estás enganado.
- Eu sei. – Eustass
veste o casaco e pega no tablet de Cátia que estava em cima da mesa de
trabalho. – Por isso é que vou levar isto. Adeus saco de pulgas.
*Agora*
Cátia não queria
acreditar no que ouvia a sua kouhai contar. Estava realmente a ficar mais que
furiosa com aquilo.
- Ele levou o meu
tablet?
Ana acena
afirmativamente. Se calhar devia ter tentado parar o rapaz.
A explosão de
emoções da aluna de história é adiada graças ao telefonema do seu pai a avisar
que já tinha chegado.
As duas saem do
quarto com Cátia a levar Ana ao ombro com todo o cuidado, pois a cada passo a
pequena gemia de dor.
O caminho até ao
hospital é tranquilo e pouco demorado. Como era um hospital privado o tempo de
espera era curto e especialmente sendo o pai de Cátia era como se fosse uma
emergência.
Duas enfermeiras
aparecem minutos depois deles chegarem e fazem sinal para que as acompanhem.
O consultório onde
são deixadas Ana e Cátia, pois o pai da aluna de história preferiu esperar no
carro, era espaçoso e tinha um ar acolhedor.
A pequena deita-se
na cama, que se encontrava lá, para descansar. As dores nas costelas não lhe
davam tréguas.
Enquanto as duas
amigas conversavam a porta abre-se e um homem alto de bata entra. As olheiras e
tatuagens não inspiravam grande confiança para um médico.
- Boa tarde eu sou o
médico e diretor do hospital. O meu nome é Trafalgar Law.
Ainda bem que gostas-te :)
ResponderEliminarJinhos :3