33 – Onde é que elas
estão? Adeus inesperado!
Ana acorda com o
barulho de conversas. Não tinha conseguido dormir nada de jeito e agora que
finalmente cedera ao sono algum bastardo insensível decidira ir meter a
conversa em dia no seu quarto.
Os olhos doíam ao
encarar a luz. É com esforço que se apercebe de quem lá se encontrava, uma
enfermeira e Trafalgar Law.
- Estás acordada? –
Pergunta o médico.
Era impressionante
como os instintos dele eram aguçados. Sem ser abrir os olhos a rapariga nem se
mexera.
- Bom dia. O que se
passa?
- Vim passar-te a
alta. A Cátia-ya está lá fora à tua espera.
- Finalmente.
- Tens aqui uma
receita, vai ajudar-te com as dores.
- Obrigado.
O médico segue para
a saída. Como estava de costas para a sua paciente ela não podia ver o sorriso
que se desenhava nos lábios dele:
- Vocês deviam tomar
cuidado. Ele não é homem que deixe escapar as suas cobaias.
Antes que a aluna de
culinária pudesse dizer o que quer que fosse Law desaparece do seu campo de
visão.
Cátia esperava na
sala de visitas. Chegara à alguns minutos depois de praticamente ter de
evaporar para conseguir sair da escola. Com a história do fantasma a academia
andava uma confusão. Kid desaparecera, outra vez, e o seu mestre não atendia o
telefone. Se aquele dia ficasse pior com certeza estaria amaldiçoado.
As duas amigas
encontram-se, uma enfermeira acompanhara Ana até lá e depois de a entregar
fizera uma vénia e retirara-se.
O carro estava
estacionado à porta do hospital. Assim que entram o motorista arranca.
Passaram-se meia
dúzia de minutos para que as raparigas se apercebessem que o caminho que o
carro percorria não ia em direção à escola.
- Desculpe, para
onde é que estamos a ir? – Cátia olhava séria para o homem ao volante.
- As minhas ordens
são para as levar ao aeroporto.
- Aeroporto? – Ana
quase bate com a cabeça no teto com o choque.
- O seu pai tratou
de tudo, Cátia-sama. Disse para ficarem tranquilas. O pai da Ana-sama e a
escola foram avisados. As meninas vão realizar dois meses de “intercâmbio”. – O
homem sorria enquanto observava as caras estupefactas das suas passageiras pelo
retrovisor. – Ah, e encontramos o homem que nos pediu. Já está internado no
hospital, com segurança redobrada.
Mas que porra era
aquela?! Por acaso estava a acontecer algum tipo de conspiração manhosa que
elas desconheciam? Dois meses de intercâmbio?
***
Já anoitecera e
todos os alunos da Mugiwara Academy dirigiam-se para os dormitórios para se
deitarem, afinal a semana ainda não terminara.
Na sala de
professores nada de interessante se passava. Franky e Usopp liam revistas de
robótica, Nami organizava as contas, Robin lia um livro, Brook bebia um chá,
Luffy comia um pacote de batatas fritas e Zoro dormia uma sesta na sua
secretária.
A porta da sala
abre-se. Sanji e Chopper haviam terminado os seus afazeres na cantina e na
enfermaria, respetivamente.
- Sanji, – Chopper
olha para o cozinheiro lembrando-se de algo. – A Ana foi à aula?
- Não. Senti tantas
saudades da minha Ana-chwan! Mas porquê?
- A Cátia também não apareceu para ajudar na
enfermaria.
Nesta altura já a
maioria dos professores prestava atenção naquela conversa.
- Eu não vi nenhuma
das duas hoje. – Afirma Nami ponderando.
- E também não
apareceram aqui como prometido. – Realça Usopp.
- Se calhar foram
raptadas e estão a ser torturadas para que os pais paguem um resgate. – Diz
Robin fechando o livro.
- Yohohohoh.
Robin-san que pessimista. – Brook bebericava o chá meio assustado.
- Elas foram-se
embora. – A voz de Luffy cai como facas no meio deles.
O barulho da bolha
de meleca de Zoro a rebentar faz os professores voltarem a si. Uma aura mais
que negra, quase palpável, forma-se em volta do professor de educação física.
Aquela notícia não o surpreendia mas deixava-o furioso.
- Z-Zoro-kun… –
Usopp esconde-se.
- Ele está SUPER
chateado. – Franky começava a temer pela escola.
- Oi marimo,
controla-te! – Sanji tenta captar a atenção.
Ignorando tudo e
todos, Zoro pega nas suas katanas e sai da sala destruindo a porta pelo
caminho. Ouve-se um barulho alto. Talvez a academia acabasse de perder uma
parede.
Luffy olhava o
companheiro fazendo beicinho:
- Mas eu nem disse
que eram só dois meses…
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